Os serviços contratados para monitoramento dos rios na Região Hidrográfica Piabanha consistiram na amostragem, análise laboratorial da qualidade da água e medição de vazão em 32 pontos da malha hidrográfica do Piabanha, uma das bacias afluentes do rio Paraíba do Sul, localizada no estado do Rio de Janeiro.

A Região Hidrográfica IV (Piabanha) apresenta uma área de drenagem de 3.460 km², sendo composta pela bacia hidrográfica do rio Piabanha e pelas sub-bacias dos rios Paquequer e rio Preto. Os municípios que compõem essa região hidrográfica são: Areal, São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia, Sumidouro e Teresópolis. Além desses, a região também é composta parcialmente pelos municípios de Carmo, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Petrópolis e Três Rios.

O rio Piabanha, com 80 km de extensão, nasce na Serra do Mar a 1.546 metros de altitude na Pedra do Retiro, em Petrópolis, e corta três cidades em direção ao médio vale do rio Paraíba do Sul, sendo seu principal afluente o rio Preto, que possui 54 km de curso e drena os municípios de Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto. Já a sub-bacia do rio Preto tem como principal afluente o rio Paquequer, que banha, em seu trecho inicial, o município de Teresópolis.

Das bacias formadoras do rio Paraíba do Sul, a bacia hidrográfica Piabanha é a que apresenta maior cobertura florestal, com mais de 20% da bacia coberta por remanescentes de Mata Atlântica. Entretanto, a Região Hidrográfica IV sofreu e vem sofrendo uma expressiva redução da cobertura vegetal em função da expansão de áreas urbanas e agrícolas, sendo uma das maiores produtoras de hortaliças do estado, com destaque para as lavouras das sub-bacias dos rios Paquequer e Preto. Ademais, com o processo de urbanização na bacia e, consequentemente, a poluição difusa originada por esses adensamentos populacionais, a qualidade das águas tem se deteriorado ao longo dos anos.

Desta forma, diante dessas práticas, percebe-se a necessidade de monitorar a qualidade ambiental desses sistemas, visto que a legislação ambiental brasileira considera a bacia hidrográfica como uma unidade básica para a gestão ambiental. Nesse contexto, é importante ressaltar as práticas de manejo, conservação das águas de superfície, reposição das matas ciliares e retiradas de solo superficial. Essas medidas apenas são possíveis quando se tem conhecimento acerca das reais condições ambientais do sistema. Assim sendo, as ações de monitoramento são de extrema importância para a gestão desses recursos hídricos.